JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES - Reencarnação - Apocalipse, 22:12

 

JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES -


(A Reencarnação,  uma questão de Justiça - Causa e Efeito – Herança dos Atos – Apocalipse, 22:12 – “... para dar a cada um segundo as obras”)


3. (…) “Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode

conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a

justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo,

não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida

derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de

que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os

homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para

compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo,

isto é, pela palavra dos Espíritos.”

*

CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES


4. De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de

duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida

presente; outras, fora desta vida.

(…)

Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de

moderação e menos suscetibilidade!

Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos

de todo gênero!

Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram

desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que

neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que

produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam,

admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão

deles.

Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no

coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem

dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se

eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante

condição.

A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições,

senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de

seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos

humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má

estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.

(…)

5. A lei humana atinge certas faltas e as pune. Pode, então, o condenado reconhecer

que sofre a consequência do que fez. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as

faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade e não sobre as

que só prejudicam os que as cometem. Deus, porém, quer que todas as suas criaturas

progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há

falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete

forçosas e inevitáveis consequências, mais ou menos deploráveis. Daí se segue que,

nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em

que pecou.(…)

*

CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES


6. Mas, se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há também

aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem

atingi-lo como por fatalidade. Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos

que são o amparo da família. Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão

poderia impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções

aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença,

sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as

deformidades, a idiotia, etc.

(…)

O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua

existência atual; mas não escapa nunca às consequências de suas faltas. A

prosperidade do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará amanhã,

ao passo que aquele que sofre está expiando o seu passado. O infortúnio que, à

primeira vista, parece imerecido tem sua razão de ser, e aquele que se encontra em

sofrimento pode sempre dizer: “Perdoa-me, Senhor, porque pequei.”

(…)

7. Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se

originam de culpas atuais, são muitas vezes a consequência da falta cometida, isto é,

o homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos

outros. Se foi duro e desumano, poderá ser a seu turno tratado duramente e com

desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilhante condição; se foi

avaro, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do

necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos, etc.

Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da

Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura

e da desventura entre os bons e os maus neste planeta.

(…)

9. Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a

existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo

Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação

serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação. Provas e

expiações, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é

perfeito não precisa ser provado.

(…)

10. Os Espíritos não podem aspirar à completa felicidade, enquanto não se tenham

tornado puros: qualquer mácula lhes interdita a entrada nos mundos ditosos. São

como os passageiros de um navio onde há pestosos, aos quais se veda o acesso à

cidade a que aportem, até que se hajam expurgado. Mediante as diversas existências

corpóreas é que os Espíritos se vão expungindo, pouco a pouco, de suas

imperfeições. As provações da vida os fazem adiantar-se, quando bem suportadas.

Como expiações, elas apagam as faltas e purificam. São o remédio que limpa as

chagas e cura o doente. Quanto mais grave é o mal, tanto mais enérgico deve ser o

remédio. Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e

deve regozijar-se à ideia da sua próxima cura. (Recorte do item 3, 4, 5, 6,7,9,10, do Cap. V, de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.)

*

OBJETIVO DA REENCARNAÇÃO


Pergunta 132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?

Resposta: “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição.

Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm

que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal : nisso é que está a expiação.

Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a

parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o

Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim

de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo

para a obra geral, ele próprio se adianta.”

*

Pergunta 133. Têm necessidade de encarnação os Espíritos que, desde o princípio, seguiram

o caminho do bem?

Resposta: “Todos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e

tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer felizes a uns, sem

fadigas e trabalhos, conseguintemente sem mérito.”

*

JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO - ( Causa e Efeito – Herança dos Atos)


Pergunta 167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?

Resposta: “Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a

justiça?”

*

171. Em que se funda o dogma da reencarnação?

“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom

pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a

razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de

quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só

entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem

remissão.” (O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Perguntas 132, 133, 167, 171, por ALLAN KARDEC,

ED. FEB)

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