REPAREMOS NOSSAS MÃOS - Evangelho todo dia, 08.08.22

 

  – MENSAGEM DO DIA: REPAREMOS NOSSAS MÃOS” – “...Mostrou-lhes as suas mãos...” - (João, 20:20). – Livro FONTE VIVA, Ed. FEB, Cap. 179, ditado pelo Espírito Emmanuel, psicografia de CHICO XAVIER.


REPAREMOS NOSSAS MÃOS


Reaparecendo aos discípulos, depois da morte, eis que Jesus, ao se

identificar, lhes deixa ver o corpo ferido, mostrando-lhes destacadamente as mãos...

As mãos que haviam restituído a visão aos cegos, levantado paralíticos,

curado enfermos e abençoado velhinhos e crianças, traziam as marcas do sacrifício.

Traspassadas pelos cravos da cruz, lembravam-lhe a suprema renúncia.

As mãos do Divino Trabalhador não recolheram do mundo apenas calos do

esforço intensivo na charrua do bem. Receberam feridas sanguinolentas e

dolorosas...

O ensinamento recorda-nos a atividade das mãos em todos os recantos do

Globo.

O coração inspira.

O cérebro pensa.

As mãos realizam.

Em toda parte, agita-se a vida humana pelas mãos que comandam e

obedecem.

Mãos que dirigem, que constroem, que semeiam, que afagam, que ajudam e

que ensinam... E mãos que matam, que ferem, que apedrejam, que batem, que

incendeiam, que amaldiçoam...

Todos possuímos nas mãos antenas vivas por onde se nos exterioriza a vida

espiritual.

Reflete, pois, sobre o que fazes, cada dia.

Não olvides que, além da morte, nossas mãos exibem os sinais da nossa

passagem pela Terra. As do Cristo, o Eterno Benfeitor, revelavam as chagas obtidas

na divina lavoura do amor. As tuas, amanhã, igualmente falarão de ti, no mundo

espiritual, onde interrompida a experiência terrestre, cada criatura arrecada as

bênçãos ou as lições da vida, de acordo com as próprias obras.

*

Trova do Evangelho todo dia

REPAREMOS NOSSAS MÃOS

*

As mãos obedecem o pensamento,

Guardando as marcas das ações;

Feliz quem, com entendimento,

As utilize, amparando corações.

*

TEMA DO EVANGELHO, DA SEMANA de 08/08 A 14/08/22, Capítulo XXII, itens 1- 4, do EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

*

INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO


1. Também os fariseus vieram ter com Ele para o tentarem e lhe disseram:

“Será permitido a um homem despedir sua mulher, por qualquer motivo?”

Ele respondeu: “Não lestes que aquele que criou o homem desde o

princípio os criou macho e fêmea e disse: Por esta razão, o homem deixará

seu pai e sua mãe e se ligará à sua mulher e não farão os dois senão uma

só carne? Assim, já não serão duas, mas uma só carne. Não separe, pois,

o homem o que Deus juntou”.

Eles retrucaram: “ Mas, por que então ordenava Moisés que o

marido desse à sua mulher um escrito de separação e a despedisse?”

Jesus respondeu: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés

permitiu despedísseis vossas mulheres; mas, no começo, não foi assim.

Por isso eu vos declaro que aquele que despede sua mulher, a não ser em

caso de adultério, e desposa outra, comete adultério; e que aquele que

desposa a mulher que outro despediu também comete adultério”.

(MATEUS, 19:3 a 9)


2. Imutável só há o que vem de Deus. Tudo o que é obra dos homens está sujeito a

mudança. As leis da Natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os

países. As leis humanas mudam segundo os tempos, os lugares e o progresso da

inteligência. No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se

opere a substituição dos seres que morrem; mas, as condições que regulam essa

união são de tal modo humanas, que não há, no mundo inteiro, nem mesmo na

cristandade, dois países onde elas sejam absolutamente idênticas, e nenhum onde

não hajam, com o tempo, sofrido mudanças. Daí resulta que, em face da lei civil, o

que é legítimo num país e em dada época, é adultério noutro país e noutra época,

isso pela razão de que a lei civil tem por fim regular os interesses das famílias,

interesses que variam segundo os costumes e as necessidades locais. Assim é, por

exemplo, que, em certos países, o casamento religioso é o único legítimo; noutros é

necessário, além desse, o casamento civil; noutros, finalmente, este último

casamento basta.


3. Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os

seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente

moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne,

mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes

transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar

deles e a fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é

tida em consideração? De modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois

seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais

das vezes, essa afeição é rompida. O de que se cogita, não é da satisfação do coração

e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses

materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o

casamento é de conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se que

os esposos igualmente o são e muito felizes hão de ser.

Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam

podem suprir a lei do amor, se esta não preside à união, resultando, frequentemente,

separarem-se por si mesmos os que à força se uniram ; torna-se um perjúrio, se

pronunciado como fórmula banal, o juramento feito ao pé do altar. Daí as uniões

infelizes, que acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria ao

estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o

sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. Ao dizer Deus: “Não sereis senão uma só

carne”, e quando Jesus disse: “Não separeis o que Deus uniu”, essas palavras se

devem entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e não

segundo a lei mutável dos homens.


4. Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a

Natureza? Não, decerto. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os

interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso, é útil,

necessária, mas variável. Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode

viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja

um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina promanam

dos prejuízos e não da lei civil. Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam

muito do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o

progresso moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto,

as faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas

unicamente nos interesses materiais. Um dia perguntar-se-á o que é mais humano,

mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver

juntos, se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não

aumenta o número de uniões irregulares.

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