ALTERAÇÕES AFETIVAS
Estudando o
Livro VIDA E SEXO, Capítulo 11 - Domingo - 15:00h
ALTERAÇÕES AFETIVAS -
Pergunta - Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho
depois do nascimento deste?
Resposta - Ao contrário: bem grande influência exercem.
Conforme dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros.
Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela
educação. Constitui-lhes nisso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no
seu desempenho. - Item n° 208, de "O livro dos Espíritos".
Muito comum se alterem as condições afetivas, depois que o navio do
casamento se afasta do cais do sonho para o mar largo da experiência. Converte-se,
então, a esperança em trabalho e desnudam-se problemas que a ilusão envolvia. Em
muitos casos, a altura da afeição permanece intacta; entretanto, na maioria das posições,
arrefece o calor em que se aquecia o casal nos dias primeiros da comunhão esponsalícia.
Urge, porém, salvar a embarcação ameaçada de soçobro, seja pelo choque contra os
rochedos ocultos das dificuldades morais ou pelo naufrágio nas águas mortas do
desencanto. Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, precisam reaprender na
escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se
concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em espírito -, dia
por dia.
Não se inquiete o par, à frente das modificações ocorridas, de vez que toda
afinidade correta, nas emoções do plano físico, evolui fatalmente para a ligação ideal, a
exprimir-se na ternura confiante da amizade sem lindes. Extinta a fogueira da paixão na
retorta da organização doméstica, remanesce da combustão o ouro vivo do amor puro,
que se valoriza, cada vez mais, de alma para alma, habilitando o casal para mais altos
destinos na Vida Superior. Isso acontece, porque os filhos que surgem são igualmente
peças do matrimônio, compelindo o lar a recriar-se, de maneira incessante, em matéria
de instituto endereçado ao trabalho de assistência recíproca.
O carinho repartido, em princípio, a dois, passa a ser dividido por maior número de partícipes do núcleo familiar, e esses mesmos condomínios do estabelecimento caseiro, em muitas
circunstâncias, são os associados da doce hipnose do namoro e do noivado, que
mantinham nos pais jovens, ainda solteiros, a chama da atração entusiástica até a
consumação do enlaçamento afetivo. Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal, ora
mais fortemente ao pai, ora mais especialmente ao campo materno, interessavam-se na
Vida Maior pela constituição da família, à face das próprias necessidades de
aprimoramento e resgate, progresso e auto corrigenda.
Em vista disso, cooperaram, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais, aportando em casa, pelos processos da gravidez e do berço, reclamando naturalmente a quota de carinho e atenção que lhes é devida. Em toda comunhão mais profunda do homem e da mulher na formação do
grupo doméstico, seguida de filhos a lhes compartilhar a existência, há que contar com a
sublimação espontânea do impulso sexual, cabendo ao companheiro e à companheira
que o colocaram em função aderir aos propósitos da vida, que tudo renova para
engrandecer e aperfeiçoar.
Conquanto bastas vezes sejamos recalcitrantes na sustentação do amor egoístico, desvairado em exigências de toda espécie, a pouco e pouco acabamos por entender que apenas o amor que sabiamente se divide, em bênçãos de paz e alegria para com os outros, é capaz de multiplicar a verdadeira felicidade. (VIDA E SEXO, Ed. FEB, Espírito Emmanuel, por CHICO XAVIER)
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