VIDA E SEXO, CAP. 14 - VINCULAÇÕES - (27/8)
VIDA E SEXO, CAP. 14 - VINCULAÇÕES - (27/8)
Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as
mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam
por uma afeição recíproca na vida terrena. Do item 8, do Cap. XIV, de "O evangelho
Segundo o Espiritismo".
Estudos e pesquisas se multiplicam, nos domínios da psicologia, quanto às
complexidades do mundo infantil, e o exame das vinculações se destaca à vista. Cada
pequenino é um campo de tendências inatas, com tamanha riqueza de material para a
observação do analista, que, debalde, se lhe penetrará os meandros da individualidade,
Baseando-nos no trabalho biológico de construção do ser, assente em milênios
numerosos, é indubitável que surpreenderemos na criança todo o equipamento dos
impulsos sexuais prontos à manifestação, quando a puberdade lhe assegure mais amplo
controle do carro físico. E, com esses impulsos, eis que lhe despontam do espírito as
inclinações para maior ou menor ligação com esse ou aquele companheiro do núcleo
familiar. O jogo afetivo, porém, via de regra se desenrola mais intensivamente entre ela
e os pais, reconhecendo-se para logo se os laços das existências passadas estão mais
fortemente entretecidos com o genitor ou a genitora. Debitando-se ao impulso sexual
quase todos os alicerces da evolução sobre os quais se nos levanta a formação de
espírito, é compreensível que o sexo apareça nas cogitações dos pequeninos em seu
desenvolvimento natural, e, nesse território de criações da mente infantil, ser-nos-á fácil
definir a direção dos arrastamentos da criança, se para os ascendentes paternos ou
maternos, porquanto aí revelará precisamente as tendências trazidas de estâncias outras
que o passado arquivou. Com frequência, mas não sempre, as filhas propendem mais
acentuadamente para a ligação com os pais, enquanto que os filhos se pronunciam por
mais entranhado afeto para com as mães. Subsistirá, no entanto, qualquer estranheza
nisso, quando não ignoramos que toda a estrutura psicológica, em que se nos erguem os
destinos, foi manipulada com os ingredientes do sexo, através de milhares de
reencarnações? e, aceitando os princípios de causa e efeito que nos lastreiam a
experiência, desconheceremos, acaso, que os instintos sexuais nos orientaram a
romagem, por milênios e milênios, no reino animal, edificando a razão que hoje nos
coroa a inteligência?
Apreciando isso, recordemos o cipoal das relações poligâmicas de que somos
egressos, quanto aos evos transcorridos, e entenderemos. Com absoluta naturalidade, os
complexos da personalidade infantil. Assim sucede, porque herdamos espiritualmente
de nós mesmos, pelas raízes do renascimento físico, reencontrando, matematicamente,
na posição de filhos e filhas, aqueles mesmos companheiros de experiência sentimental,
com os quais tenhamos contas por acertar. Atentos a semelhante realidade, somos
logicamente impulsionados a concluir que os vínculos da criança, de uma forma ou de
outra, em qualquer distrito de progresso e em qualquer clima afetivo, solicitam
providências e previdências, que sintetizaremos tão-somente numa palavra única:
educação. (VIDA E SEXO, ED. FEB, CAP. 14, Espírito Emmanuel, por CHICO XAVIER)
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